A maior cúpula – até os dias de hoje

17 de Agosto de 2018
Bruno Luis de Carvalho da Costa

O Panteão é um dos mais bem preservados edifícios romanos da antiguidade. Originalmente, dedicado aos deuses romanos, ele tem estado em uso contínuo ao longo de sua história, e desde o século VII, o Panteão tem sido usado como uma igreja católica romana dedicada ao “Santa Maria e Mártires”, (mais conhecida como “Santa Maria Rotonda”).

Em 1892, o arquiteto francês Georges Chedanne descobriu que os tijolos utilizados no Panteão, inclusive a fundação, datavam dos anos de 120 a 125. Construído durante o reinado de Adriano, em Roma, a sua cúpula permaneceu como sendo a de maior diâmetro do mundo até a inauguração do Salão do Centenário em Bratislava, na Polônia em 1913. Com 43,30 metros de diâmetro (São Pedro, em Roma: 42,52metros; São Paulo, em Londres: 31metros) é até hoje a maior cúpula em diâmetro que utiliza concreto não reforçado. O grande senso de harmonia transmitida pelas suas proporções se deve ao fato de o diâmetro da cúpula ser igual à altura do edifício.

Utiliza um sistema de arcos embutidos na enorme massa de concreto que forma o núcleo de todo o edifício, desde as suas fundações até o cume da cúpula. O concreto foi misturado com travertino, tufo, tijolo e pedras-pome em camadas sucessivas, com os materiais mais pesados nas partes mais baixas enquanto tufo e pedra-pome, mais leves, foram utilizadas no topo da cúpula. O concreto da cúpula foi derramado sobre formas que suportaram em reverso o contorno dos caixotões, sendo que sua espessura diminui de 5,90metros na base para 1,50 metros no topo. O óculo central tem um diâmetro de 8,92metros.

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