Ponte do Brooklyn: peso e leveza

14 de Fevereiro de 2019
Bruno Luis de Carvalho da Costa

Projetada pelo Engenheiro Civil germano-americano John Augustus Roebling, foi inaugurada em 1883 com objetivo de conectar Manhattan ao Brooklyn, em Nova York. Seis dias após a sua inauguração, um boato de que a ponte entraria em colapso causou tumulto e medo. O empresário P. T. Barnum ajudou a dirimir qualquer dúvida sobre a sua estabilidade quando desfilou com 21 elefantes sobre a ponte.

Trata-se de uma estrutura mista, estaiada e pênsil, com mais de 22.000km de arame. Até 1903 foi a maior ponte do tipo no mundo, 50% maior do que qualquer outra e, com 84,30 metros, manteve-se como a mais alta estrutura do hemisfério ocidental por vários anos. Até a década de 1950 não existiam testes aerodinâmicos em túneis de vento e, portanto, foi uma “sorte” que a estrutura de treliça aberta na qual se apoia a plataforma da ponte seja, por natureza, menos sujeito a problemas aerodinâmicos, resultando num conjunto que é seis vezes mais forte do que precisaria ser.

Atualmente possui 6 vias para automóveis, e vias para pedestres e bicicletas, embora até 1944 possuísse também via para passagem de trens e, até 1950, de bondes.

Seu estilo arquitetônico é o neo-gótico, com arcos ogivais característicos acima das passagens nas torres de pedra de calcário, granito e cimento Rosendale. O contraste entre as torres de pedra e os cabos de aço, bem como a escolha de cores (marrom escuro para as pedras e bege e castanho claro para os cabos) fez com que se alcançasse um todo único, um misto de força e graça, peso e leveza.

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